4 de junho de 2011
Terreno Baldio
(pois sempre ouvi que as grandes mudanças eram mesmo de repente)
nenhum preparatório, nenhumas vaselinas. clic.
a diferença é que dessa vez o o clic era interno, não tinha a ver com o outro, ou com a estória deles.
foi ele que mudou.
ele agora sabia o que queria e, principalmente, o que não queria mais.
e definitivamente ele queria certa coisa completamente diferente.
a sensação de página virada nunca havia sido concreta e agora podia quase enxergar a literalidade da metáfora. talvez ele saísse correndo ou risse, não fosse o fato de deparar não mais com uma nova página em branco do outro lado, mas com o fim do caderno.
fechou a capa dura e emudeceu.
lhe restava então caminhar com calma, tomando cuidado para não esbarrar numa folha seca que porventura lhe cruzasse o caminho. poderia ser um obstáculo e tanto.
era como olhar o querido apartamento construído com apreço e sair. e trancar a porta. e descer as escadas. e olhar para o alto. e avisar sem remorsos ao senhor da construtora: "pode mandar implodir o prédio."
e a poeira lacrimejou os olhos.
e depois da chuva, poeira baixou.
e ele simplesmente observava o terreno, o entulho, a realidade que quebrara fantasias todas.
mochila nas costas, ele era o essencial.
.
depois lembrou que queria ter comemorado com o outro o seu trabalho novo e ao menos ter feito um brinde, depois viu que esqueceu de apresentar uns detalhes da casa que o outro não tinha percebido, depois se deu conta que eles não viajaram juntos nem viveram um décimo do que poderiam ter vivido: um mergulho no mar, uma volta de bicicleta, uma ida ao teatro.
mas esses faziam parte dos sonhos dele. todos dele.
e se eram dele, ninguém jamais, jamais levaria.
9 de dezembro de 2009
Crackstrófico
Coisas estranhas acontecem aqui
Seres outros desembarcam com suas toxinas em praças desta e de várias cidades
Nem Recife nem Rio de Janeiro escapam
Uma overdose de atitudes estranhas mostram que estamos à mercê de nossos próprios medos
Medo de ir
Medo de vir
Medo de existir
Tinha passado recentemente por um susto e achei que já ele bastava
Mas quando cheguei aqui vi gritarem
Coisas estranhas acontecem também aqui
Não que essa droga sustente o corpo sem jamais derreter a cabeça
Não que a loucura e a permisividade não possam tomar conta de nós
Não que a noite possa ser apenas mais uma dentre as mil e uma que temos
Não que nossos cheiros não possam sem exalados por intermédio dessa chuva
Não que possamos ser animais as vezes
Nada substitui o óbvio
Nada intermedeia o sensível
Nada vira outro sem que eu e você viremos primeiro
O estopim pode matar
E o devaneio suicidará a todos aqueles que não terem as mãos e os pés presos em algum lugar
A cidade é viva e continua morrendo
Seremos dominados por vultos humanos geneticamente modificados provenientes da coca.
12 de outubro de 2009
Das Despedidas...
situação da qual se tenta conseguir o melhor possível,
não sem certo ruborizar de bochechas...
palavras, saem aquelas talvez inadequada
se sempre sempre com a sensação de que se poderia ter aproveitado mais
mas calam-se e deixam ao acaso
sobre o futuro nada se fala, o momento é o único como se não
existisse depoi
se nele não se desespera
nem se prepara
tampouco se inventa um momento melhor
é assim: como tiver de ser
e no final são dois futuros
duas vidas seguindo em frente
em duas frentes diferentes....
8 de outubro de 2009
(...)
Mais uma vez a despedida,
e a terrível e conhecida sensação de que faltou um adeus.
A voz do outro lado da linha.
Que ruim é imaginar já não mais voltar a ver o teu sorriso,
dar-te um beijo na testa sentindo teu perfume.
E a certeza de que daqui para frente nada poderá ser igual,
para sempre tua ausência.
A casa vazia, o silêncio da tua falta.
O fim do conforto de saber-te sempre ali.
Ainda que distante, ali.
Observando com toda sua calma o mundo que se transforma
diante de tua porta. Esperando que nos aproximássemos
para receber-nos com um grande sorriso.
Perdemos uma parte de cada um de nós.
Essa parte faz falta, e essa falta dói.
Mas não há nada o que fazer, senão agradecer-te
por todos os generosos ensinamentos que sempre
te orgulhaste em compartilhar. Por tua tranqüilidade,
e pela tranqüilidade de saber-te presente,
pois também tu deixaste uma parte de ti.
E essa parte carrego orgulhoso,
em meu coração e em minhas veias,
que nesse momento se apertam de saudades.
Mas é reconfortante a certeza
de que partiste com toda a serenidade
que sempre tiveste em vida.
Tento compensar a dor de tua ausência
com a idéia de que um dia voltaremos a nos encontrar.
E outra vez ouvirei tuas histórias,
verei o teu sorriso,
e poderei dar-te um beijo,
sentindo o perfume em teus cabelos
16 de setembro de 2009
CRESCER!
Uma criança vê no outro um amigo, uma possibilidade de brincadeira. Mesmo que não falem o mesmo idioma são capazes de se entender. Acho que envelhecer é a arte do desentendimento. De fato. É aprender a desconfiar, a ver no outro uma ameaça.
A adolescência é o ponto médio entre esses dois pontos. Sente-se que algo está ficando para trás mas não se sabe ao certo o quê. Algo que já não pode ser recuperado. Acredito que essa coisa é o presente. A época do deixar-se relacionar. E não falo em sentido sexual, mas de amizade mesmo. Com o tempo acabamos aprendendo que nem sempre se podem cumprir as promessas de amizade eterna, pois o pra sempre às vezes dura muito pouco. Aprendemos a lidar com a perda de pessoas queridas, que se vão para longe. Algumas se mudam de cidade, outras de país. Algumas morrem. Avós, tios, tias, amigos... A morte pouco a pouco deixa de ser um personagem de filme de terror para ser o inimigo que está sempre à espreita, ao nosso lado, levando pessoas queridas.
Descobrimos que muitos “até logo” na verdade são “adeus”. Depois de muitos anos distantes, podemos um dia passar ao lado de uma dessas pessoas queridas de tempos atrás e nem sequer reconhecê-las. Isso sem falar nas dores do coração. São tantas lágrimas, tanto vazio, tanto desespero, que pouco a pouco aprendemos a aceitar a impermanência das coisas. E como o fazemos? Sem nos apegar a nada ou ninguém.
Nunca entendi a parte do budismo que fala do desapego. Se não tivesse apego por todas as pessoas que amo (e acredito que o verbo amar não se conjuga no passado) não teria a menor graça viver. Sigo sofrendo a cada dia pelas pessoas que se foram, desde aquele melhor amigo da 2ª série que se mudou pra Goiânia e eu nunca mais vi, à primeira namorada (que se mudou para o exterior) ou às saudades que sinto todos os dias de todos os parentes e amigos que perdi. Uma espécie de síndrome de Diógenes das recordações.
Talvez crescer seja isso, aprender a conviver com a ausência, com a obrigação de aprender a sobreviver só, com o medo cada vez menos imaginário e mais real da morte. Com a desconfiança e o desentendimento, com as paixões e amizades mais racionais e menos viscerais.
Acho que essa é a pior parte. Aprender a conviver com a autoprivação das demonstrações de afeto, mais com o tapinha nas costas e o aperto de mão e menos com o abraço apertado de um bom amigo. É, sem dúvida nós, deveríamos nos abraçar mais...
No Escuro!!!
Eu sei que você não está aqui mas no escuro
lugares não existem, coisas não existem....
tudo sai de nossa cabeça, tudo eh bom e bonito...
Ando de olhos fechados e o movimento faz com
que o tempo escorregue
pelo ar que me brisa
esbarra a barra da minha calça
E a distância agora é só uma mecha de cabelo espreguiçada pela minha nuca nua
um sorriso de infância me arrepiando de esperança e eu tenho a
impressão de que você está vendo
você tá de olho aberto? não vale!
Droga, eu falando sem parar você ai saber onde eu estou
mas eu não sei
Vai ficando o nada assim vazio no escuro cantinho quietinho a paz de
ir descascando a existência
E quando a gente se encostar?
Shhhhhhhh Eu apaguei a luz
Eu sei que você não está aqui mas no escuro lugares não existem
coisas não existem....
tudo sai de nossa cabeça, tudo eh bom e bonito...
Até o ar vestir a sua pele e ficar assim me embrulhando
Carinho também em do desconhecido
é a parte do tato que não nos pertence
Então eu não tenho medo
Está escuro mas eu ando
No escuro a boca acorda, aveluda-se enérgica
No escuro eu ando
e meus passos cegos continuam de mansinho e quem sabe se um dia eu
!!!!!&/%$#$$”!!$% ahhhiiiiiii minha canela!
29 de agosto de 2009
FELIZ ANIVERSÁRIO.....
Falar sobre o mestre do universo da música pop é sempre relevante. Embora [quase] tudo já tenha sido dito, há sempre uma curiosidade a mais em torno do ícone Michael Jackson. Prestes a comemorar 51 anos em agosto próximo, o rei do Pop é sinônimo de uma espécie de artista à beira da extinção.
Ele foi responsável por dar seqüência, nos anos 80, a um trabalho que Elvis, Beatles e David Bowie se ocuparam em difundir nas décadas anteriores. Tentando voltar ao TOPO, Michael vinha ensaiando uma série marcada de 50 shows na Inglaterra, shows que infelizmente nunca acontecerão. Com altos e baixos no caminho, Michael deixa um legado impossível de apagar e a cultura pop, orfã de novos ídolos.
Michael Jackson estava condenado desde o início. A veia artística estava lá, mas o menino de 8 anos não tinha noção do que se tornaria quase 20 anos depois. Foi vítima do autoritário pai, Joseph, que o inseriu no Jackson 5. As apresentações do cantor à frente dos irmãos - Jackie, Tito, Jermaine e Marlon -, encantavam o público pela presença e carisma.
Na época, Diana Ross, Marvin Gaye e Stevie Wonder, todos da gravadora Motown, dominavam as paradas de sucesso embalados pelo soul. No final da década, o grupo ficou pequeno para o sucesso de Michael. Em 1979, produzido por Quincy Jones, o cantor daria o salto definitivo para a carreira solo. Michael agora vivia a era da disco e, sem cerimônia, emplacou hits como Don't Stop Till You Get Enough e Rock With You, no disco Off The Wall, que vendeu mais de 25 milhões de copias.
Entre a decadência da disco e o começo da new wave, o álbum Thriller, de Michael Jackson, trouxe a sonoridade que marcaria a década de 80, influenciando as gerações seguintes. A levada pop construída por Jackson e Quincy Jones, sem abandonar as raízes da black music, transformaria-se numa fábrica de hits, montanha de prêmios e milhões de cópias vendidas. As 109 milhões de cópias que Michael Jackson vendeu no mundo todo, às custas de Billie Jean, Human Nature, Wanna Be Startin Something, Beat It, The Girl is Mine - esta em parceria com o ex-beatle Paul McCartney, e a faixa-título, estão impregnadas no inconsciente coletivo.
O moonwalking tornou-se tão kitsh quanto uma lata de sopa Campbell assinada por Andy Wahrol. Nunca um cantor negro havia alcançado este patamar. Será que Michael precisaria de uma nova identidade para seguir adiante? Os anos seguintes comprovaram que sim.
Embora tenha gravado menos álbuns que antigas lendas, Michael foi responsável pelo hino We Are The World, com a participação de mais de 20 artistas, entre eles Tina Turner e Lionel Ritchie, em combate à fome na África, em 1985. Depois de alcançar o primeiro lugar em varias paradas de sucessos, e arrecadar mais de U$$ 45 milhões, o hino foi imortalizado. Logo em seguinda, precisamente em 1987, o disco Bad fez muito sucesso e colocou seis músicas no topo das paradas, trouxe um Michael mais branco, com um ar mais rebelde, alem de influenciar com sua moda, mas não repetiu o êxito de Thriller nas vendas, vendendo cerca de 35 milhões de cópias em todo o mundo. A obra-prima pop, lançada cinco anos antes, por incrível que pareça, ainda permanecia entre os 200 discos mais vendidos da Billboard. Para entrar na década de 90, Michael retornou às paradas com seu disco mais experimental, Dangerous, lançado em Dezembro de 1991, foi do álbum, que saiu talvez um dos seus maiores sucessos de criticas e um das musicas mais conhecidas de seus fãs, ‘Black or White’, que alcançou topo em diversos países, ficando na parada americana, 7 semanas seguindas. O álbum mais uma vez não repetiu as vendagens de Thriller, mas conseguiu chegar a mais de 38 milhões de cópias vendidas, começando a década com o pé direito.
Na cerimônia do Oscar, em 1991, Madonna convidou Michael para acompanhá-la. Vestida como Marilyn Monroe, ela cantou Sooner or Later coberta por diamantes avaliados em 21 milhões de dólares, revivendo a Material Girl do começo da carreira. Michael havia convidado Madonna para participar da faixa In The Closet, do disco Dangerous. O poderoso dueto acabou não acontecendo. O clipe da faixa acabou tendo a participação de Naomi Campbell. Ela queria que Jackson se vestisse de mulher no vídeo, o que deixou o cantor desconfortável.
Em 1993, teria sua carreira arranhada pela sexualidade. Michael foi processado por conta de uma acusação de assédio sexual, envolvendo um dos meninos que freqüentavam sua casa, o rancho Neverland. O escândalo manchou a reputação do artista, agora branco e cada vez mais controvertido e fez com que ele pagasse alguns milhões para a família do garoto. Jackson, acabou prosseguindo com a turnê do disco Dangerous, que vinha batendo recordes de publico e arrecadação, por onde pela primeira vez, passaria pelo Brasil para realizar um show Solo. Apenas agora, depois de sua morte, o menino revelou a jornais do mundo inteiro, que tudo não passou de uma mentira meticulosamente armada para arrancar dinheiro de seu ídolo.
Michael Jackson lançou em 1995, HIStory, álbum duplo que trazia um CD de inéditas e outro com seus grandes sucessos. O astro estava casado com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley, desde 1994. Michael detinha total controle sobre a obra dos Beatles, que adquiriu por uma bagatela, e do próprio Elvis. Gravou um dueto com a irmã Janet [Scream] e emplacou sua última música número 1 na parada americana da Billboard, a açucarada You Are Not Alone. No clipe, um Michael branquelo, de cabelos lisos, troca carícias com a então esposa, Lisa Marie. O disco vendeu bem menos que os anteriores, mas por ser um disco duplo com um preço salgado, pode-se considerar um sucesso estrondoso com suas 20 milhões de cópias. Em 1997, ele lançou um disco de Remixes, intitulado “Blood On The Dance Floor”, que trouxe o seu ultimo nº 1 da parada britânica, com a faixa titulo.
Michael só lançaria um novo álbum em 2001, o fracasso Invincible, que mesmo com as 15 milhões de cópias vendidas, passa longe de todos os outros lançamento do artista. Após este disco, Michael se fechou, de 2001 até sua morte, somente coletânias foram lançadas, um novo caso de pedofilia veio a tona, e desta vez ele resolveu enfrentar um julgamento, sendo inocentado de 10 acusações em 2005. Em fevereiro de 2009, Michael assinou contrato com a empresa AEG Live, se comprometendo a realizar 50 shows na O2 Arena, em Londres. Mas sua morte prematura calou a musica, entristeceu os fãs, e apagou o Mito. Vieram as Spice Girls, Britney Spears, Justin Timberlake entre muitos outros. Todos em busca de um lugar ao sol na música pop. Mesmo com Amy Winehouse, a verdade é que, por falta de uma identificação, criatividade ou carisma, "o nosso ídolo ainda é o mesmo, e as aparências não enganam, não". Michael Jackson morreu, e permanece ídolo. Tem mais alguém?
23 de agosto de 2009
Sobre ARREPENDER-SE
19 de agosto de 2009
Ar e Vento!!!!
Sobre Se Movimentar - Ou Não!
14 de agosto de 2009
Sobre Mostardas, Vinhos e Canetas!
13 de agosto de 2009
Chão em Falso !
Incerteza dos abraços que juraram me acalmar....
Agora olho em direção ao meu futuro
que eu guardava tão seguro
Mas não te encontro por lá
Sigo pressentindo, abrindo vozes
Sorridente sob as luzes que me tentam ofuscar
Agora paro o coração no meu futuro:cinza, lama, obscuro
Já não te encontro por lá
Logo eu, com o coração parado
Eu, que achava tudo lindo
Eu, que ouvia o amor calar
Logo eu, que tinha vida em sobra
que distribuia flores,
virei pedra no olhar
Roubo da criança algum sorriso
Improviso um beijo-laço
Sonho entrar numa canção
Subo cachoeiras, monumentos
sou tormento, movimento
sou total contradição
Vivo tropeçando, chão em falso
Cada passo almeja o verso que você me prometeu
Embora preste atenção no meu presente,
sigo ausente, estou pendentevou em sua direção
Sempre insistindo, pacienteno presente ou no que havia n'algum dia, algum lugar
Tento olhar em frente, avisto um muro.
Te recrio no futuro
Eu te recoloco lá.
Amor?.... sim.... Eu Amo...
12 de agosto de 2009
MEMÓRIA !
5 de agosto de 2009
DES-BOTOX-SE
Se fosse mais fácil, desacreditaria. Só que nisso, teria uma pequena dose de conseqüência destrutiva, que descanalizaria o poder da sedução dos fatos. Se constantes, abundantes, seriam frágeis, se fossem vazios e instantâneos, seriam histéricos. Não acredito na hipótese de que o dinheiro mova a maior parcela dos sentimentos, mesmo. Nem acredito que não possamos fazer qualquer coisa... De música a pala italiana, não vivemos por osmose. E por não viver assim, escolhi não aderir a tudo aquilo que a TV mostra e vende, e que a publicidade te convence que é bom.
Sem risos falseados e esticados e ares de total plenitude mascaradas, sinto a fragilidade que somos e como não podemos prever o percurso das nuvens...grandes contribuidoras para esse instante.
Tudo muda! Inclusive creio que qualquer um é capaz de transformar o que aflige...de burlar o difícil, de manipular as possibilidades do impossível e de seguir. Desde o derretimento das calotas polares, a poluição exagerada, o consumismo da vida, e também o da água até o intenso desmatamento da Amazônia.
Somos Rés-humanos com todos os pormenores e intensamente mortais. Portanto, não seria burrice deixar passar as nuvens, velhas intrusas, esquecer do sol, ter vivo só 30% do nosso corpo, ter muitos filhos e netos, não ver mais a chuva, sentir calor pracaralho, pra vegetar pelos centros de estética corporais, injetando no corpo composições fascinantes, milagrosas, porém artificiais.
DES-BOTOX-SE!
O Homem e o Sofá
Me instigar na vontade, a delícia de se ter ponto de vista. Questão de objetiva. Foi através de mais um texto tão conflitante quanto os outros que a mera psicologia trata que li uma frase relacionada com as questões do real e do ficcional, da qual me fez querer levantar vôo, mudar de ar... Era tal: “(...) É através da ficção que conseguimos ampliar nossos horizontes (...)”. Claro, que a frase dentro de um contexto falava mais que isso, mas já aí mesmo parei de ler o texto e comecei meu vôo. Já sabia que era o momento de ir.
... Aumentar minhas possibilidades ou apenas ver com olhos cegos a realidade? A trinca perfeita, ou quase perfeita: a realidade, a ficção e a cor. Desbotadas, descompassadas, distorcidas, camufladas. Não entram mais em sincronia com a composição da cidade. A idéia de tempo se tornou tão conveniente que ninguém acha mais graça em colorir, é mais rápido e prático olhar as coisas e a vida de forma a não enxergar o detalhe, não ver sentimento através da vida que normalmente é expressa pelas cores. Alias, acho que só nas cidadezinhas do interior do nordeste ou interior de outros interiores, o homem consegue sobreviver ao caos de ver e não enxergar.
Vejo cores nas unhas de pessoas alheias, na intensidade dos sons, nas atitudes dos seres, nos bosques, no outono, nos sinais de trânsito, na lua. Porque percebo, sinto de forma Lispector. Por ora, ouço mais e falo menos. Por outra, apenas respiro e navego. E como não me intrigar com o predomínio da cor, para além daquilo que não se consome. Ir além da intenção, praquilo que tira meu sossego e que é traduzido pictoricamente através de sonhos.Sonhos desejos, outrora Picassos.
Apenas um detalhe em meio à rapidez do trânsito e o caos da cidade. Vi um homem e o sofá; não sei se ela dele, como ele o adquiriu, não sei se era velho, emborrachado. Abrigava um homem. O sofá vermelho e o homem, apenas um homem. Qualquer ou não, não passava de um homem. Ver cor onde não há expressão. Ter expressão onde não há vida. Situações mínimas, cotidianas que nos reviram por dentro. Que me faz querer falar, dançar, ouvir música, olhar mais e ver menos. Viver. Tirar o branco das janelas fechadas, das pessoas que passam e cheiram a nada, praquelas que não se falam fazer um sinal de adeus. Preto na diferença e branco na falta do preto. E o vermelho que em mim ficou colorido... No homem que sou em preto e branco. Depois de muito viajar na imagem q apreciei por tanto tempo, passei na velocidade da luz e nem aquele homem nem o sofá estavam mais lá. Loucura né?? normal... sempre complico, o que já é complicado... hehe
29 de julho de 2009
SINESTESIA...
Eu sei que a maravilha está além de sentir, de poder sentir várias vezes, umas só, duas ou nenhuma, mas sentir. Sentir junto ou sozinho. Perceber o tempo, as nuvens passarem, os risos irem, os flertes acontecerem, as folhas se balançarem. Perceber os calçados das pessoas, se elas dizem bom dia ou se aparecem na rua ainda como eu quando acordo, com aquela cara amassada de sono. O moço que trabalha para melhorar meu dia, a moça que vende para viver. O garoto que solta pipa porque independente de estar chovendo ou não, ele está de férias. Até porque como os valores mudaram mesmo, ele faz uma pipa de plástico.
É fácil se adaptar ao movimento, ao ciclo de rotação e também ao de translação. O que é difícil é estabelecer contato, abrir a janela e olhar. Muito mais é difícil mudar. Mas ainda tem pessoas que não sentem, só gritam e geme. Ora de dor, ora de calor. Mas não se cansam. Tenho sentido. Dentro dos poros, perto do limite. Está aflorado e parece que sinto também por quem não sente. Por quem não quer sentir.
Por isso eu choro, por isso eu rio, por isso eu vivo intensamente cada hora, cada minuto, cada segundo da minha vida... Por isso me dou o prazer de beber de vez em quando, de ficar louco, de fazer palhaçada. Simplesmente, por que eu VIVO....
22 de julho de 2009
Momento FODA-SE....
Viver atrás de uma maria fumaça que dita onde e os limites que se deve chegar é uma forma inconseguênte, pos no nunca pensa nem como você gostaria de sentar no sanitário esfregar o belo papel com desenhos de borboletas no seu orificio desembocador de fezes. Tem que ser do mesmo jeito que fazem, se não for: és louco.
Viva um pouco a verdadeira inconseguência com ênfase no foda-se.Em vez de oferecer uma taça de chandon a luz de velas, chame para dar uma foda bebendo refrigereco Tobi. Merculhe um dia nu ao meio de um lual com a mulher(homem) que você nunca saberá se será da sua vida, mas foda-se se vai ser ou não, é a mulher(homem) que está no momento com você. Tenha cara de quarenta anos e cuspa uma bolinha de papel na careca do garçon que está servindo a mesa vizinha. Toque castanhola quando escutar um ritmo parecido com español no meio do bar, não para ficarem rindo de você, mas para que tenham inveja da felicidade que possui e ele não possui por status(essa foi muito boa HAUHUAHAU).
Tenha seu momento foda-se e seja feliz
A Teoria do Mau Humor!
21 de julho de 2009
Aqui Estou novamente.... Com palavras ao Vento!!
ACONTECIMENTOS RECENTES ME FIZERAM COLOCA-LO NOVAMENTE....
SE ALGUEM SE OFENDEU... É PORQUE MERECEU...
Estou com minha calça batendo em meu calcanhar, completamente depravado. empunhetando, com minhas mãos plenas de calos- Mas calos sem orgasmos. Do que vale uma punhetada não orgasmica? Do que vale um orgasmo sem uma punhetada?Já não tenho murmúrios devinizadores e nem gritos de horrores, mas meus ouvidos já não está como antes, que insistia em ouvir aquelas conversas de merda. Que saco essas conversinhas e fofoquinhas, que bom esse estrondo que quer dizer porra nenhuma.Como já viram, estou aqui para digitar em vão. Forma fútil e ignorante para falar que estou pouco me fudendo.Recebo scraps falando que ouviram isto de mim, que ouviram aquilo de mim, que odeiam fofocas, que odeiam 'duas caras' e querem mudar o mundo, esse mesmo mundo escroto e deprimente que vivemos, mas o meu está feliz... está gozando! Fico indignado com isso tudo? Fico. Mas foi mais uma fofoca dita por mais um filho da puta que no dia seguinte estará deslumbrando sua grande história e quem foi vitimado estará usando sua história para tentar ser mais um político ou mais um pobre coitado perante os amigos e quando mandar seu scrap escrito que foi vitima, não será para tentar mudar, e sim, mais um indignado por ser um egocentrico querendo misturar um pouco de coitadismo e parecer um tanto inteligente em sua artificialidade para provocar o rumor esperado.Estou cansado de coitados, estou cansado de culpados, estou cansado dessa merda de fofocaiada e estou cansado desses seres que ovni´s insistem em deixar aqui. Que levem o cristo de braços aberto desta avenida de merda junto com eles para pqp, pq de palhaçada já estou cheio.
Me passe o cigarro ai, pq estou com raiva!
Humificados!!!
Progresso= Movimento ou "marcha" para frente; "desenvolvimento"; aumento; "adiantamento" em sentido "favorável".
O progresso se torna uma ambição, uma aspiração imoderada, procuramos o progresso, mas esquecemos do progresso moral, humanitário e etc.. e pensamos no progresso de uma forma monetária apenas, assim nos tornando monetáriamente progressivos e moralmente e humanitáriamente regressivos, trocamos completamente nossos principios de humanização tornando-nos não humanos, mas sim em humo. E quando nós chegamos a esse ponto do que falamos ser evolução, queremos regredir, pois passamos a entender que progredimos em uma de nossas metas, mas regredimos em todas as outras e esquecemos das principais virando também pessoas vazias, possuimos o dinheiro, mas esquecemos dos mais importantes e viramos algo sem principios.
Nascemos> modificamos > "progredimos" > regredimos> Humificamos
20 de julho de 2009
VIAGEM!
A cada dia me vejo uma pessoa, tantas pessoas que nem ao menos meu nome exato. Apenas um nome para identificar milhares de pessoas aglomeradas em um "infinito restrito". Me olho Hugo, mas no outro sei que não sou mais o mesmo espionado, mas sim um dos meus milhares de eu embutidos não em eu, mas em mim. Se um dia me reconhecesse em um simples olhar estaria me ludibriando ou bebado. Entro nessa overdose de lucidez, nessa chapação cultural para me equivocar mais uma vez e ter sucesso mais outras ao mesmo tempo(foda-se).
A cada dia que sento em um bar com meus mesmos amigos, me vejo como se nunca tivesse sentado um dia, cada dia eu conheço um novo olhar que tenho e esse novo olhar que me leva a mais um dia fazer o que parece ser a mesma coisa.
Na mais gostoso do que ver pela milésima vez o chaves e mesmo assim parecer que está vendo pela primeira, as mesmas piadas xulas. A piada é a mesma, mas o que você intende, o que você vê nunca é o mesmo. Um dia irá desligar a Tv ao ver tamanha baboseira, outro dia irá morrer de rir.
Ver, enchergar, entender, sentir, olhar, tatear, degustar e etc. Nunca será a mesma, todos os dias terá um novo paladar, como o que está para ser degustado. A viagem de todo dia se conhecer novas coisas nas mesmas coisas é algo berrante, desbravador, fulminante e etc. Não pense que é coisa de louco, mas quando eliminar alguns de suas maiores barreiras irá saber que coisa maravilhosa é aproveitar de todas essas pessoas que existe dentro de você, tantas Carmem, João, José, Serafim... Verter todas essas maravilhas pela guela que me faz crer que a vida é foda, mas as pessoas não sabem enchergar.
Quando alguém te chamar de duas caras responda: Duas não! Eu tenho mais de um milhão!(com orgulho)...
19 de julho de 2009
Tão perto... Tão Longe!!
Acorde no sábado muito disposto. Feliz mesmo. Talvez pela primeira vez em muitas semanas eu estava me sentindo VIVO. Era para estar na Tribe em SP, depois tudo combinado para Araçatuba ferver. Nada certo. Sera q minha noite seria ruim? Não, nada me derrubaria no melhor dia de estado de espírito. Fui então ao tal show. Perfeito. Cias maravilhosas. Diversão. Calor. E um final eletrizante, com direito a beijos e carinhos. É tão perto e tão longe. Se fosse possível vasculhar a mente de quem está ao lado, talvez uma boa intenção ou expectativa funcionasse. Ou então se frustrasse mais rápido. Só que essas respostas só o tempo vai dizer, é uma questão de investimento. Uma questão de ver para crer.
Chega de Inércias. Chega de Tempestades. Chega de agressividade.Um novo Hugo nasceu. Me disseram q o velho voltou. Mas o velho Hugo amadureceu, cresceu, percebeu coisas que ‘o chamado mundo real não percebe’ - como diz minha ‘amiga’ Maria Alice Vergueiro. Minha conclusão então é que o velho Hugo morreu, um novo nasceu... OBRIGADO a você por ter me dado a chance de VIVER...
17 de julho de 2009
TEMPESTADES
Cazuza uma vez disse, "Amigos vão e vem, mas são poucos aqueles que ficam". Nunca antes esta frase fez tanto sentido na minha vida.... Falar de amor é facil, sentir o amor que é dificil. São nas horas triste, ou quando mais precisa de um amigo, que você se da conta que amigos são realmente poucos, que muitos vão e vem. Nos momentos mais dificeis que passei neste ano de 2009, pude perceber isto claramente. Não esqueço daqueles que estão longe, mas que sempre me confortam, que sempre se preocupam comigo, mas aqueles que estão perto, é para quem dedico este desabafo, amigos como a Flavia, Luana, Carla, Mario Borges, Mariana, Lucas, Maria Angélica, Ananda, Natalia e Juninho.... Amigos do peito, amigos que me ouvem, amigos q me entendem, amigos que me confortam....
Hoje ouvi de uma pessoa que conhecia pouco, uma pessoa que não era nem colega, muito menos amiga, palavras lindas, que me fizeram enxergar um Hugo que sempre existiu, mas que estava apagado, apagado em magoas, apagado em tristesas.... e que vai acordar, ou melhor, esta acordando... Obrigado Laura.....
O AMOR? Saiu e deixou no ar um cheiro peculiar de saudade, desejos e desavenças ENCERRADAS. É incoerente na latência da emoção. Sobrevive!!!